ARTIGO | Qual a importância da instalação dos data centers da Google para o Brasil?

Não é novidade para ninguém que trabalha com tecnologia que a adoção de soluções digitais com base na nuvem é uma realidade, não mais coisa do futuro. O que era tendência, sobretudo a partir de 2010, agora é visto como algo em consolidação nas empresas ao redor do globo, independente do porte e segmento de atuação. Inclusive é um cenário efetivo para as pequenas e médias organizações. De acordo com a pesquisa “2016 Brazil Small & Medium Business: ICT & Cloud Services Tracker Overview“, realizada pela AMI Partners, a pedido da Intel Brasil, estima-se que até 2020 as PMEs irão investir algo em torno de U$ 63 bilhões em cloud computing; em 2016, o investimento na área era de U$ 48 bilhões. Desses, U$ 6,6 bi foram feitos por empreendimentos brasileiros, consolidando o país como um dos filões de mercado na mira das gigantes que atuam com tecnologia.

Em setembro a Google inaugurou no Brasil seu 12º Google Cloud Platform; outros cinco ainda estão previstos para serem instalados em países considerados estratégicos, totalizando 17 em todo o mundo. A crescente integração de serviços digitais com base na nuvem oferecidos pela empresa em solo brasileiro incentivou a inauguração dos data centers em São Paulo. Além de atender os clientes nacionais, também servirão como base de dados para outros países da América do Sul, como Chile e Argentina.

Mas o que isso significa, na prática? Para os clientes, facilidade em questões relacionadas ao pagamento, que agora poderá ser feito em reais ao invés de dólar – reduzindo em até 60% custos relacionados a burocracia, em comparação com serviços similares feitos por outras empresas. Além disso, o acesso aos dados também terá um tempo de resposta reduzido, com variação de 80% a 95% de agilidade se comparado com o que era feito anteriormente, quando os dados obrigatoriamente eram armazenados em data centers nos EUA. Também irão oferecer serviços mais complexos envolvendo Big Data, além de combinar com outros recursos antes aplicados apenas para clientes internacionais, como Data Loss Prevention (DLP), Spanner e BigQuery, estes dois últimos relacionados à análise e armazenagem de dados em larga escala, facilitando seu carregamento e processamento na nuvem.

Em resumo, essa ação da Google pode ser encarada como um retorno significativo para o país. Mostra que grandes organizações continuam mirando o Brasil como um player estratégico no mercado mundial, além de o colocar entre os polos tecnológicos mais importantes em escala global. O momento é um marco sobretudo para os parceiros locais da Google, que já atuam na integração de suas soluções, educando o mercado sobre as vantagens da computação em nuvem para as empresas há anos. Para as integradoras de soluções em cloud computing, a iniciativa também reforça um nicho de mercado cada vez mais em ascensão: quem não está na nuvem, de uma forma ou de outra, busca ou vai buscar seu lugar nela, para aproveitar as inovações decorrentes dessa tecnologia.

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Henrique Augusto

Henrique Augusto

Diretor de Inovação e sócio-fundador da Qi Network, há mais de nove anos ajudo empresas a inovarem por meio de soluções em nuvem nas áreas de produtividade, inteligência de dados e modernização de infraestrutura.